Por decisão liminar da juíza Luciana Benassi Gomes, da comarca de Castro, o prefeito Moacyr Elias Fadel Junior (PMDB), foi afastado do cargo em ação civil pública por improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público. Fadel é acusado de receber R$ 19 mil em forma de propina de empresa de transporte coletivo, com objetivo de aumentar a tarifa e recolher menor valor do Imposto Sobre Serviços (ISS).

A decisão liminar da Justiça terá validade a partir da publicação no Diário da Justiça, que deve acontecer na quinta-feira (26). O MP alega que, recentemente, o prefeito teria oferecido, através de um terceiro, um automóvel e a quantia de R$ 30 mil em dinheiro para que testemunha, funcionário da empresa que lhe havia entregue o valor, mudasse o depoimento anteriormente dado em juízo.

Na decisão da juíza de Castro, consta que “é indício forte de que o prefeito municipal de Castro, por interposta pessoa – seu primo Jack Fadel, oferece dinheiro para que a testemunha, que fez as denúncias que acabaram por deflagrar o Inquérito Civil que instrui esta ação de improbidade, altere as suas declarações prévias, assinando uma nota promissória que ‘provaria’ que o dinheiro que Moacyr Elias Fadel Junior aparece recebendo das mãos de Adolfo, no vídeo juntado aos autos e divulgado amplamente pela imprensa, se trata de empréstimo e não de propina”.