Polí­tica

Notícia publicada sexta-feira 13 fevereiro 2015

AMCG propõe diagnóstico antes de definir criação de Região Metropolitana

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A discussão de áreas de interesse em comum dos municípios, com a elaboração de um diagnóstico regional, é o primeiro passo para verificar a viabilidade da Região Metropolitana dos Campos Gerais. A primeira reunião de 2015 dos prefeitos da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) definiu estas ações. Contando com a presença de técnicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano (SEDU), os gestores promoveram debate sobre a criação da Região Metropolitana, tendo o município de Ponta Grossa como ‘sede.

“Com a instituição de novas Regiões Metropolitanas no Paraná e do Estatuto das Metrópoles avaliei que teríamos que abordar este tema com os prefeitos dos Campos Gerais”, explicou o presidente da AMCG e prefeito de Carambeí, Osmar Blum. “O assunto é polêmico, mas é em meio às polêmicas que acontecem as grandes realizações”, disse ele.

Para o coordenador do Plano de Apoio aos Municípios da Paraná Cidade, o engenheiro Álvaro Cabrini, a região dos Campos Gerais está à frente daquelas que acabaram de criar suas Regiões Metropolitanas, já que em 12 de janeiro entrou em vigor a lei que instituiu o Estatuto da Metrópole. “Somente com este estatuto é que ficaram claras as responsabilidades das regiões metropolitanas”, explica, destacando que há ações, como o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI), que já estão com o prazo correndo para ser entregue e aprovado nas mais diversas instâncias de governo. “Caso seja definida pela viabilidade da Região Metropolitana dos Campos Gerais vocês já contarão com este plano”, avalia.

Com o estatuto instituído, segundo os técnicos, os Campos Gerais podem avaliar – após as pesquisas necessárias – a criação ou não da Região Metropolitana. “E com a ressalva que o Estado ainda não criou um marco regulatório como fez a união com o estatuto. Pois assim, as regiões podem ter outras responsabilidades que terão de cumprir”, avalia o chefe regional da Paraná Cidade e professor de arquitetura e urbanismo, João Paulo Ferreira Santana, já prevendo a instituição de legislação pelo governo estadual. “Com o estatuto federal, os estados poderão sancionar seus próprios marcos”, complementa.

Através do Estatuto, Cabrini explicou aos gestores que uma das justificativas para se criar uma Região Metropolitana é os municípios que farão parte dela contar com interesses comuns. Com base nisso é que os gestores se comprometeram a realizar em seus municípios reuniões e debates para novamente promover um encontro regional sobre o tema e contar com uma definição.

Um dos interesses da região já foi apontado durante o encontro. “Os problemas urbanos em comum no meio ambiente, como o de resíduos sólidos”, citou o chefe regional da Paraná Cidade. Este assunto já está em discussão nos Campos Gerais através da AMCG Meio Ambiente, que foi criada na entidade no último ano.

Definições

Conforme os convidados da reunião, o Estatuto das Metrópoles prevê ainda a criação de microrregiões ou aglomerações urbanas, definições que também podem se enquadrar futuramente aos Campos Gerais. “A definição não importa. O que interessa neste momento é que estamos procurando soluções para o futuro, não só de nossos municípios, mas da região como um todo, em coletividade”, avalia Blum, completando que a AMCG deu o pontapé inicial para o debate.

Profundidade

O deputado federal Sandro Alex, que acompanhou as discussões, afirmou que os Campos Gerais será a primeira região a discutir com profundidade o assunto, avaliando os prós e contras da criação da Região Metropolitana, após a instituição do estatuto. “Esta questão ainda tem muito a ser debatida. Em Brasília ainda não discutimos a lei. Após passar pelas comissões da Câmara Federal, conforme o parlamentar, o Estatuto das Metrópoles ainda poderá receber alterações, até mesmo propostas pelo deputado após a conversa com os prefeitos.