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Educação
Professores da rede estadual realizam manifestação e greve da categoria é iminente
Em Palmeira, assim como em muitos municípios do Paraná, os professores da rede estadual de ensino estão mobilizados contra o que consideram ser medidas do governo do Estado que prejudicam o setor. Na manhã de sexta-feira (6), uma manifestação foi realizada pelas ruas da cidade. Os professores, exibindo faixas e cartazes, também gritavam palavras de ordem, pedindo respeito à profissão e à própria educação. O início das aulas nas escolas e colégios da rede estadual está marcado para segunda-feira (9), mas não isto não deve acontecer.
Antes de saírem para as ruas, os professores reuniram-se no Ginásio de Esportes Durval Antônio de Freitas. Na ocasião, decidiram que na segunda-feira irão receber alunos e pais nas escolas para expor a eles a situação em que se encontra a educação, solicitando apoio para as manifestações. Entre o que afirmam ser problemas estão a falta de professores e funcionários nas escolas, atraso no repasse de recursos para manutenção e serviços essenciais, falta de merenda e diminuição de carga horária de professores pedagogos, entre outros.
No sábado (7), uma comitiva de professores de Palmeira deve ir a Guarapuava, onde acontece uma assembleia estadual da APP-Sindicato, entidade que congrega a categoria, na qual serão definidas ações de enfrentamento aos problemas e ameaças à educação pública no Paraná. Há a perspectiva de decisão por uma greve geral
Na segunda-feira, professores devem ir a Curitiba para participar de uma mobilização da categoria junto a deputados estaduais, na Assembleia Legislativa, pedindo apoio contra medidas anunciadas pelo governo e que, segundo os professores, prejudicam a categoria.
Manifestação
Mas é na terça-feira (10), em Curitiba, que deve acontecer uma grande manifestação de professores de todo o estado. De Palmeira, mais uma vez, deve seguir uma comitiva para participar da mobilização. A expectativa é de que cerca de 50 mil educadores estejam presentes aos atos na capital, como forma de pressionar o governo a rever as medidas que pretende implantar.
A APP-Sindicato afirma que o mau uso do dinheiro público e a desorganização na gestão do Estado instalaram o caos nas escolas estaduais. Assim, as escolas iniciam o ano letivo com dívidas, pois o Estado não repassou dinheiro nos dois últimos meses de 2014. Ainda, que as escolas estão sem merenda e também sem professores, pois não há previsão de contratação de professores temporários antes do início das aulas.
Repasse
A Secretaria de Estado da Educação (SEED) informou que repassou R$ 4,2 milhões na conta das escolas estaduais para compra de materiais de consumo, como produtos de limpeza, lâmpadas e material de expediente. O dinheiro já está disponível para movimentação na quarta-feira (4), segundo a SEED.
A secretaria afirma que com o dinheiro os diretores poderão fazer os últimos ajustes para a volta às aulas, que acontece no dia 9 de fevereiro. “Somente as escolas que apresentarem algum tipo de pendência em suas prestações de contas terão os valores bloqueados, até a sua regularização”, afirmou Manoel José Vicente, chefe da Coordenadoria de Apoio Financeiro à Rede Escolar.