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Política
Irregularidade de Sanson pode mexer na composição da Assembleia
A revogação da medida liminar que permitiu o registro da candidatura do ex-prefeito Altamir Sanson (PSC) a deputado estadual pode mexer com a composição da Assembleia Legislativa, cujos deputados eleitos em outubro de 2014 tomam posse no próximo mês de fevereiro. A confirmação da irregularidade no registro de Sanson pode tirar do Legislativo estadual um deputado eleito pelo PSC e alçar a atual primeira suplente pela coligação PDT-PT-PRB-PCdoB, a vice-prefeita de Pinhais, Marly Paulino Fagundes (PDT).
No dia 18 de dezembro, a juíza da Comarca de Palmeira, Cláudia Sanine Ponich Bosco, revogou os efeitos da liminar que havia concedido em favor de Sanson, em junho do ano passado. A liminar anulava efeitos de dois decretos legislativo da Câmara Municipal, emitidos em 2013, que desaprovaram prestações de contas da Prefeitura de Palmeira dos anos de 2005 e 2006, sob responsabilidade do ex-prefeito. Com a liminar em vigor, Sanson conseguiu registro de sua candidatura a deputado estadual, em julho, e disputou a eleição, em outubro, obtendo 13.576 votos.
Com a revogação da liminar, o diretório estadual do PDT, através de seu departamento jurídico, acredita que pode conseguir a anulação da candidatura de Sanson e a consequente anulação de todo os seus votos. Assim, com um novo cálculo para o quociente eleitoral, o partido pode ter mais um deputado estadual. No caso, uma deputada, na figura da primeira suplente, Marly Paulino, que seria guindada à condição de eleita à Assembleia Legislativa com os 34.293 votos que obteve na eleição de outubro do ano passado.
A assessoria jurídica do PDT do Paraná está estudando o caso para encontrar embasamento e propor uma ação eleitoral. Assim, caberia à Justiça Eleitoral analisar o pedido da agremiação e, acatando as argumentações apresentadas, é possível que aconteça a mudança na composição das bancadas na Assembleia.
Novo quociente
O deputado estadual eleito Ratinho Junior foi nomeado secretário de Estado e sua vaga deve ser ocupada pelo primeiro suplente, Evandro Araújo. Porém, caso a tese do PDT seja confirmada, o PSC terá sua bancada na Assembleia reduzida de 12 para 11 deputados e Araújo é quem deve perder a cadeira no Legislativo estadual. Mas para que isto ocorra, é necessário que a Justiça Eleitoral acate as alegações do PDT e ainda confirme um novo quociente eleitoral que beneficie o partido e promova sua primeira suplente de deputado estadual á condição de eleita.