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Memorial da Colônia Cecília deve ser inaugurado no mês de abril
Após 122 anos da extinção da Colônia Cecília, localizada em Santa Barbara no interior de Palmeira, o local finalmente ganhou um memorial para lembrar onde um grupo de libertários mobilizados pelo jornalista e agrônomo italiano, Giovanni Rossi, ergueram a bandeira rubro e negra, símbolo mundial do anarquismo. A Colônia foi a única comuna experimental baseada em premissas anarquistas de toda a América Latina.
“Nosso propósito não é a experimentação utopística de um ideal, mas o estudo experimental – e o quanto possível rigorosamente científico – das atitudes humanas em relação a um determinado problema”, dizia Rossi, idealizador da experiência.
Visto de cima, o memorial tem formato de um “A”, o símbolo mundial do anarquismo. O local também conta com oito totens que resumem, através de mosaicos, a trajetória dos três anos da Colônia antes de sua extinção. O local também abriga uma pequena casa construída em madeira, reconstituindo os padrões da época, onde serão vendidos livros e suvenires após sua inauguração.
Segundo Jaudeth Ramos Hajar, Secretário de Indústria, Comércio e Turismo, a obra já está concluída, porém sua inauguração só acontecerá dentro de dois meses. “Pretendemos inaugurar o memorial em abril para coincidir com o aniversário do município e a semana da Colônia Cecília, instituída por lei municipal”, esclareceu o secretário.
São inúmeros turistas e pesquisadores que chegam a Palmeira para saber e conhecer mais sobre o anarquismo. Evaldo Agottani, descendente dos italianos anarquistas e doador do terreno para construção do memorial e produtor de vinho, aposta no empreendimento para aquecer o turismo rural na região e a venda de seus produtos feitos com a uva trazida por seus ancestrais. “Para os anarquistas, o vinho não era profissão, era amor”, finaliza.