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Notícia publicada quinta-feira 22 março 2012

Dia Mundial da Água foi criado para reflexão e elaboração de medidas práticas

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Dia Mundial da Água foi criado para reflexão e elaboração de medidas práticasA Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial da Água (22 de março) para reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver o problema da poluição e do desperdício da água. Em um futuro próximo poderá faltar água para o consumo de grande parte da população mundial. Nesta data, a ONU divulgou também a “Declaração Universal dos Direitos da Água”, documento que apresenta medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

No data em que se comemora o Dia Mundial da Água, existem inúmeras preocupações em relação ao bem e sua condição de consumo humano. No caso específico de Palmeira, a situação mais grave que se apresenta e tem baixíssima repercussão e discussão pela população, é o abastecimento de água na cidade, feito através de um único manancial, o rio do Pugas, cuja vazão, há anos, mostra-se inviável para manter o fornecimento adequado aos usuários do sistema que é operado pela Sanepar.

Para solucionar o problema e garantir água de boa qualidade em volume aceitável para a população da cidade, que já está próxima de 20 mil habitantes, é preciso superar um impasse. A Sanepar opera em Palmeira em regime precário, sem contrato de concessão. Assim, não promove investimentos e apenas mantém o sistema atual, sem qualquer ampliação ou melhoria mais significativa. A concessão depende de contrato com a Prefeitura Municipal, que mantém uma postura passível iante do problema que se agrava a cada dia.

É fato que a Sanepar tem projeto para instalação de uma nova estação de captação no rio do Salto, com custo estimado de cerca de R$ 10 milhões. A execução, porém, está dependendo da concessão dos serviços de água e esgoto. A nova captação, segundo estudos já revelados pela companhia, poderia garantir o abastecimento de água na cidade por muitos anos sem qualquer problema.

Municipalização

Enquanto não se define a situação da concessão dos serviços de abastecimento de água em Palmeira, a proposta de municipalização dos serviços já foi apresentada e defendida por vereadores que integraram, entre o final de 2010 e início de 2011, uma comissão especial que pesquisou dados e analisou a situação da água e do esgoto. Esta comissão, em visita que fez a diversos municípios que mantém serviço próprio de abastecimento, emitiu parecer pela municipalização dos serviços em Palmeira. O próprio prefeito Altamir Sanson chegou a afirmar que tomaria a iniciativa de propor a municipalização, mas não o fez até o momento.

O tema água, por sua vez, não é discutido apenas no âmbito do consumo humano, mas avança para a questão ambiental. Assim, os cursos de água merecem atenção e, neste caso, a cidade de Palmeira, que é cortada por doía rios – Forquilha e Monjolo – tem muito a fazer. Algumas ações iniciais, como a limpeza dos rios, já vêm sendo realizadas, porém, como em ambos não há presença de peixes, fica perceptível s condição de contaminação de suas águas e também a necessidade de medidas que permitam a recuperação da condição ambientalmente aceitável dos rios.